sexta-feira, 1 de março de 2013

O CENTRO ESPÍRITA NÃO CRESCE?

       A tendência normal da população é crescer, nascendo mais pessoas do que morrendo. Assim, com mais pessoas, mais livros são lidos, ocorrem mais acessos a Internet, mais pessoas trabalham, fazem compras, vão ao cinema, e frequentam suas religiões ou entidades filosóficas e altruístas.
      No Estado de São Paulo tivemos um aumento da população entre os Censos de 2000 e 2010 de 11,4% e, dos 645 municípios 542 tiveram aumento (84%) e apenas 103 (16%) apresentaram queda na população. Também os espíritas nesse estado tiveram um aumento expressivo de 74%.
      Dessa forma, se o Centro que você trabalha ou frequenta não apresentou nos últimos anos um aumento de pessoas nas reuniões públicas e em outras atividades é sinal de alarme. Devem ser estudadas as possíveis causas e tomadas às medidas para a normalização.
      É uma grande responsabilidade administrar um Centro Espírita, tanto do ponto de vista legal e cívico, como sob a ótica moral e espiritual. O objetivo dos gestores será sempre obter o máximo de resultados com o menor contingente de recursos. Isso significa atender bem o maior número de pessoas possível.
     Na busca das possíveis causas de o Centro não ter apresentado crescimento, os dirigentes irão enfrentar o desafio de procurarem realmente as razões mais plausíveis que influenciaram de fato para que a instituição não tenha conseguido aumentar a participação de pessoas, ou tenha conseguido em índices baixos. A tendência do ser humano é se defender e procurar mais se justificar do que encontrar soluções, por isso devemos invocar nossos melhores sentimentos visando o bem maior e comum a todos os envolvidos, do que os nossos próprios interesses.
      O primeiro ponto a ser analisado é como as pessoas se sentem na casa. O clima que domina o ambiente é transmitido pelos dirigentes e mais ou menos reforçado pelos trabalhadores. Refletem a prioridade dos valores comuns. Em um Centro, por exemplo, os dirigentes podem dar mais importância à disciplina do que a fraternidade. Em outro, podem valorizar mais o dever (obrigação) do que o ideal (fazer por amor). O relacionamento com o público pode ser até correto, eficiente e educado, mas mesmo assim ficar longe do sentimento de fraternidade e de amizade com sua carga de afeto característica.
      O segundo ponto a ser ponderado é o conteúdo e o tipo de comunicação que o Centro produz. Não é fácil de ser analisado, pois nos acostumamos com a instituição que trabalhamos e deixamos de perceber o que ela comunica aos seus participantes.
      Tudo transmite e contribui para a formação da cultura de cada casa e a da imagem que todos criam da instituição e da própria doutrina. A fachada da casa, seu jardim, sua percepção de limpeza, sua decoração e, naturalmente, o comportamento dos seus dirigentes e trabalhadores. O tom utilizado nas conversas e nas palestras pelos principais formadores de opinião, acabam sendo imitados inconscientemente pela maioria dos trabalhadores sem que eles consigam notar esse padrão, que por vezes pode ser bastante inadequado, como o tom piegas, autoritário, de admoestação, de deslumbramento etc.
      Uma análise interessante pode ser feita, verificando quem é o público do Centro. O tipo predominante das pessoas que foram atraídas para a instituição tende a refletir o que realmente a casa está comunicando no conjunto de suas ações. Um Centro autoritário que prioriza a disciplina tende a atrair pessoas condicionadas a obedecer e nunca questionar ou divergir. Centro focado apenas no âmbito religioso tende a reunir pessoas com a mesma mentalidade. Centro que não busca outros conteúdos e sua comunicação não sai do lugar comum, costuma atrair pessoas sem interesse intelectual.
      De qualquer modo, as medidas que seguem certamente trarão benefícios para qualquer instituição que se disponha a implementá-las:
·         Mudar postura dos dirigentes e trabalhadores para os aspectos identificados.
·         Incrementar a cordialidade e a fraternidade no relacionamento com as pessoas.
·         Pesquisa sobre satisfação com os frequentadores.
·         Oferecer modelo de Carta ou folheto apresentando o Centro para os vizinhos.
·         Melhorar a comunicação visual (placa, mural, cartazes).
·         Realizar palestras com oradores selecionados.
·         Realizar apresentação de filmes com comentários.
·         Implantar seminários e cursos rápidos.
·         Melhorar a aparência (limpeza, pintura, fachada, jardim).
·         Criar um Serviço de Informações para os novos frequentadores.
·         Criar ou melhorar um Serviço de Atendimento buscando ouvir os frequentadores.
·         Criar ou melhorar homepage.
·         Criar um serviço de receber os comentários, críticas e elogios.
·         Renovar o conteúdo e a forma de ministrar os cursos.
·         Pedir a participação de todos na elaboração de conteúdos e apresentações dos trabalhos.
·         Aproveitar os médiuns psicógrafos, incentivando o exercício dessa mediunidade, exercendo análise, direcionamento e utilizando o melhor conteúdo para divulgação.
·         Criar Centro de Estudo reunindo aqueles que já concluíram os cursos existentes para trabalhos em grupo e aprofundamento de temas.

     A falta de crescimento é um indicador importante que não deve ser negligenciado para fazer jus a responsabilidade intrínseca da gestão da casa espírita. Criatividade, inovação e interesse pelo próximo são elementos renovadores que tornam o ambiente propício a novas atividades e estudos com melhor acolhimento e resultados. Assim como crescemos em conhecimento e sentimentos, a instituição também deve acompanhar a evolução dos seus participantes.
Ivan Franzolim (escritor e comunicador espírita; membro da ADE-SP)


Fonte: Correio Fraterno Nr 449 - Jan/Fev 2013
Autorização concedida pelo autor através de e-mail de 28/02/13

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

O QUE É UMA CASA ESPÍRITA?

(Resposta de um espírita para um irmão de outra doutrina).

Esta semana, um irmão de outra doutrina compartilhou um de meus textos e me acusou de ser “capcioso” de citar passagens do evangelho como forma de atrair pessoas para o espiritismo...
Bem, numa coisa o irmão está certo. Assim como em qualquer doutrina cristã, em meus textos cito mesmo os evangelhos. Mas não quero atrair ninguém para o Espiritismo.
O Espiritismo tem alguns hábitos que talvez sejam estranhos a este irmão que citei...
- O Espiritismo não faz proselitismo, nem promete “salvação” para atrair as pessoas.
- Os Centros Espíritas estão de portas abertas. Entra quem quer. E ao entrar, a primeira coisa que você vai aprender é que ninguém ali vai te dar a salvação. Só você, assumindo responsabilidade pelos seus atos e evoluindo no amor poderá alcançar a salvação.

- Num Centro Espírita, não existe hierarquia. Nada de Padres, Pastores e Ovelhas. O único líder num Centro Espírita é Jesus. Depois dele, todos, absolutamente todos os frequentadores de um Centro Espírita, são iguais.
- Também ,irmão, os Centros Espíritas têm outro hábito estranho: nós não pedimos dinheiro!!!!
 
Acredita nisso? Por isso, não existem Centros Espíritas luxuosos e suntuosos. Nem existem palestrantes ou autores espíritas andando em carros de luxo...

- Outro hábito que temos é de alicerçar nossa fé em obras. Porque, estranhamente, nós espíritas REALMENTE ACREDITAMOS que a fé sem obras é vazia. Por isso, todo Centro Espírita tem sempre algum trabalho social.

Realmente, o Espiritismo é estranho...mas vou aqui contar para você, irmão, qual é o nosso segredo para atrair pessoas... o grande truque do Espiritismo é ser uma doutrina DE ALTOS PADRÕES MORAIS, DE ÉTICA RÍGIDA E, PRINCIPALMENTE, DE RESPONSABILIDADE PARA CONSIGO MESMO E AMOR AO PRÓXIMO.

Agora, um conselho que vale para o irmão citado e para qualquer outra pessoa: Antes de criticar qualquer doutrina, qualquer credo, qualquer conjunto de ensinamentos, ESTUDE E CONHEÇA.

Davison Viana
 

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

O 26º CEU

     O 26º Conselho Espírita de Unificação (26º CEU) é o representante do Conselho Espírita do Estado do Rio de Janeiro (CEERJ) na região do município de Araruama (RJ).
     Tem como responsabilidade orientar as Instituições Espíritas Adesas (IEA) (filiadas) quanto ao zelo para com a Doutrina Espírita e contribuir para o fortalecimento do Movimento Espírita.
     Conta, atualmente, com 08 IEA filiadas, assim distruibuidas:
    
     - Grupo Espírita Allan Kardec (GEAK): Rua Antonio Gonçalves Jardim, 313 - Boa Perna
     - Sociedade Espírita Renascer (SER): Rua Venezuela, 385 - Parque Hotel
     - Grupo Espírita Boa Nova (GEBN): Estr do Sobradinho, 4 - Distrito de São Vicente
     - Seara Espírita Campo da Paz (SECAMP): Rua Gauarani, 170 - Praia Seca
     - União Cristã Espírita Joanna de Ângelis (UCEJA): Rua Manoel Machado, 36 - Pte dos Leites
     - Associação Cristã Espírita Divino Amor (ACEDA): Av dos Engenheiros, s/n - Buraco do Pau
     - Núcleo de Arte e Cultura Espírita Meimei (NACEM): Rua Samaritana, Lote 15 - Buraco do Pau
     - Centro Espírita Solar do Cristo (CESC) - Rio do Limão

     Para saber mais detalhes de cada Casa Filiada, consulte, em PÁGINAS (ao lado).
     Nosso e-mail: 26ceu@26ceurj@gmail.com